Não digas,
Não acenes,
Não te lembres,
Que se mantenha mudo, hirto, e sem memória
O nosso adeus eterno.
E que o poeta, do seu negro inferno,
Cante como puder
A trágica aventura de encontrar
E perder, a sonhar,
O teu corpo aberto de mulher.
Miguel Torga
Não acenes,
Não te lembres,
Que se mantenha mudo, hirto, e sem memória
O nosso adeus eterno.
E que o poeta, do seu negro inferno,
Cante como puder
A trágica aventura de encontrar
E perder, a sonhar,
O teu corpo aberto de mulher.
Miguel Torga
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