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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Até onde


Chamas: eu ouço, aqui no meu lugar
silencioso porque nada freme
na secura indelével
da solidão. De novo se chamares
gaudinarei à espera do pedido
para que siga o teu apelo em mim;
então hei-de envolver este destino
que levará a ti.
E só então me voltarei. Atenta:
é muito pouco ouvir
palavras a fluírem
sem que saiba porquê o chamamento.
Se me queres entrega-me o segredo
da súbita vontade
e roga-me que vá
até onde encontrar-te. Com enlevo.

António Salvado
(poeta português)