sábado, 29 de março de 2008

Sailing

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Well, it's not far down to paradise, at least it's not for me

And if the wind is right you can sail away and find tranquility

Oh, the canvas can do miracles, just you wait and see

Believe me

It's not far to never-never land, no reason to pretend

And if the wind is right you can find the joy of innocenceagain

Oh, the canvas can do miracles, just you wait and see

Believe me

Sailing takes me away to where i've always heard it could be

Just a dream and the wind to carry me

And soon i will be free

Fantasy, it gets the best of me

When i'm sailing

All caught up in the reverie, every word is a symphony

Won't you believe me?

Well it's not far back to sanity, at least it's not for me

And if the wind is right you can sail away and find serenity

Oh, the canvas can do miracles, just you wait and see

Believe me

segunda-feira, 24 de março de 2008

Namorado de areia


Construir castelos é bom
Mesmo sendo à beira-mar
É viver um diferente tom
Um constante recomeçar
Ondas vêm derrubando muros
Pilastras caem com as ondas
Quem constrói não sabe parar.

É diferente quando se tem
Um amor recém-nascido
Um sentimento correspondido
Diante de um tempo bandido
Que está sempre a te dizer
Como deve amar uma sereia
Seu lindo namorado de areia.

Viver bem cada momento
Com a intensidade verdadeira
Dos sonhos nunca vividos,

É possível ser feliz
Por um tempo pré-determinado
Mesmo sendo, de areia o namorado.


Evandro Brandão Barbosa

sexta-feira, 21 de março de 2008

Primavera

Foto:Iguana Africana

quinta-feira, 20 de março de 2008

Fácil...Difícil


FÁCIL é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
DIFÍCIL é sentir a energia que é transmitida.

FÁCIL é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
DIFÍCIL é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.

FÁCIL é chorar ou sorrir quando der vontade.
DIFÍCIL é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

FÁCIL é dar um beijo.
DIFÍCIL é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

FÁCIL é querer ser amado.
DIFÍCIL é amar completamente só.

Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois.
Amar é entregar-se...e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 19 de março de 2008

terça-feira, 18 de março de 2008

Nicest thing

Quando eu morrer...


Quando eu morrer
não me dêem rosas
mas ventos.


Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a quebrar
e vogar.


Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.


Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto
num jeito
de nunca mais parar.


Por isso eu quero o mar.
Morrer, ficar quieto,
não.
Oh, sentir sempre no peito
o tumulto do mundo
da vida e de mim.


E eu e o mundo.
E a vida. Oh mar,
o meu coração
fica para ti.
Para ter a ilusão
de nunca mais parar.

Alexandre Dáskalos
Poeta angolano

segunda-feira, 17 de março de 2008

Makèsú

Foto recebida por email

- "Kuakié!... Makèzú..."
...............................................
O pregão da avó Ximinha
É mesmo como os seus panos
Já não tem a cor berrante
Que tinha nos outros anos.

Avó Xima está velhinha
Mas de manhã, manhãzinha,
Pede licença ao reumático
E num passo nada prático
Rasga estradinhas na areia...

Lá vai para um cajueiro
Que se levanta altaneiro
No cruzeiro dos caminhos
Das gentes que vão p´ra Baixa.

Nem criados, nem pedreiros
Nem alegres lavadeiras
Dessa nova geração
Das "venidas de alcatrão"
Ouvem o fraco pregão
Da velhinha quitandeira.

- "Kuakié!... Makèzú, Makèzú..."
- "Antão, véia, hoje nada?"
- "Nada, mano Filisberto...
Hoje os tempo tá mudado..."

- "Mas tá passá gente perto...
Como é aqui tá fazendo isso?"

- "Não sabe?! Todo esse povo
Pegô num costume novo
Qui diz qué civrização:
Come só pão com chouriço
Ou toma café com pão...

E diz ainda pru cima
(Hum... mbundu Kene muxima...)
Qui o nosso bom makèzú
É pra véios como tu."

- "Eles não sabe o que diz...
Pru qué Qui vivi filiz
E tem cem ano eu e tu?"

- "É pruquê nossas raiz
Tem força do makèzú!..."

Viriato da Cruz

sexta-feira, 14 de março de 2008

Manuel Amor

Foto:Iguana Africana

Hoje quero
celebrar tua ausência
o teu silêncio.

exaltar a tua solidão
e com ela
partilhar
o doce aroma de pitanga madura
dos teus beijos ausentes.

Como se fosses um sonho,
Um poema sem fundamento
Ou apenas imagem que criei.

quarta-feira, 12 de março de 2008

terça-feira, 11 de março de 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

Mãe-terra


Terra vermelha do Lépi és minha mãe
Mãe-Terra que aos filhos dá
mais do que a vida uma razão

Razão de águia águia
transformada
no soba dos espaços
e das espinheiras cruas.

Terra vermelha do Lépi
calma sombra das mangueiras
sobre o chão vermelho
rocha negra do saber de ferro
a água sabe à voz materna

Águia de pedra
embala onde sentaram
régios Mussindas de vento
em gerações de luar
gritando ao vale profundo
aos muxitos
e ás mulembas velhas
a superfície larga do barro
do corpo negro dos filhos

A terra é sempre a mesma
o resto dirão os homens!

Costa Andrade
(Poeta angolano)

domingo, 9 de março de 2008

Miguel Torga


"Sonha!
Inventa um alfabeto
De ilusões...
Um a-bê-cê secreto
Que soletres à margem das lições...

Voa pela janela
De encontro a qualquer sol que te sorria!
Asas? Não são precisas:
Vais ao colo das brisas,
Aias da fantasia...

in "Instrução primária"
Miguel Torga
Poeta português
(1907/1995)

De baixo para cima

Foto:Iguana Africana

Porque às vezes usamos as palavras certas de forma errada...ou será que apenas queremos esconder o que realmente sentimos?



"Não te amo mais.

Estarei a mentir se disser que

Ainda te quero como sempre quis.

Tenho a certeza que

Nada foi em vão.

Sinto dentro de mim que não significas nada.

Não poderia dizer jamais que

Alimento um grande amor.

Sinto cada vez mais que já te esqueci!

E jamais usarei a frase

Eu amo-te!

Sinto, mas tenho que dizer a verdade

É tarde demais..."

sábado, 8 de março de 2008

Uma rosa

Uma rosa para assinalar esta data, oferecida por um homem muito especial!...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Tempo

Foto:Iguana Africana

quinta-feira, 6 de março de 2008

Katie Melua

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Cântico negro


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

quarta-feira, 5 de março de 2008

Letrinhas de cantigas


Estou aqui como se te procurasse
A fingir que não sei aonde estás.
Queria tanto falar-te e se falasse
Dizer as coisas que não sou capaz.
.
Dizer, eu sei lá, que te perdi
Por não saber achar-te à minha beira
E na casa deserta então morri
Com a luz do teu sorriso à cabeceira.
.
Queria tanto falar-te e não consigo
Explicar o que se sofre, o que se sente
E perguntar como ao teu retrato digo
Se queres casar comigo novamente

António Lobo Antunes

terça-feira, 4 de março de 2008

Necessidades


Candengue

Foto:C.Pires

Quando candengue brincava,
Em frente à escola da Liga,
De esconde esconde e caçava
Janjás e rolas com fisga.

Na rua jogava à bola
Feita de meias e trapos,
Não tinha bota de sola
P´ra chutar nas rãs e sapos.

Catava lacrau nas pedras
Ou matrindinde no mato,
Saltava pelas veredas,
Sorvia a sopa do prato.

Fazia carros de lata,
Muita bola de sabão,
E beliscava a mulata
Filha do mestre Tião.

Dava mergulhos no rio,
Meu velho rio cavaco,
Não tinha calor ou frio
Nem pelugem no sovaco.

Tomava banho na selha,
Trincava dendém assado,
Fugia da mana velha
Só p’ra não fazer recado.

Passava o dia a correr
Como bicho na savana,
Lanchava pão e banana
Jantava amor e prazer.

Não tinha TV nem fax,
Retrete, bidé, chuveiro,
Lia à luz de candeeiro,
Dum bendito petromax.

Do escuro não tinha medo,
Nem pesadelo, e sonhava
Ser guerreiro, ter meu feudo,
E com princesas casava.

Inventei histórias mil,
Cresci ao sol e relento,
E ao meu céu azul anil,
Mandei recados pelo vento.

Agora…
Agora doem-me os dedos,
Fazem-me azia, os molhos,
Já me atormentam os medos
E lacrimejam-me os olhos.

Agora…
São os anos e saudades
Que me fazem velho assim…
Não enganam, são verdades,
E as rugas falam por mim!

Abgalvão

segunda-feira, 3 de março de 2008

domingo, 2 de março de 2008

Paisagem

Há pessoas muito especiais na minha vida.
Este post é para uma delas

Fico assim sem você

Porque é que tem que ser assim?

Se o meu desejo não tem fim

Eu te quero a todo instante

Nem mil auto-falantes

Vão poder falar por mim...

Sou eu, assim, sem você...

Tô louca prá te ver chegar

Tô louca prá te ter nas mãos

Deitar no teu abraço

Retomar o pedaço

Que falta no meu coração...

Eu não existo longe de você

E a solidão, é o meu pior castigo

Eu conto as horas prá poder te ver

Mas o relógio tá de mal comigo...

Porque? Porque?

sábado, 1 de março de 2008

Amigos

Foto:Iguana Africana