segunda-feira, 23 de junho de 2008

O milagre da amizade


A Amizade torna os fardos mais leves,
porque os divide pelo meio.
A Amizade intensifica as alegrias,
elevando-as ao quadrado na matemática do coração.

A Amizade esvazia o sofrimento,
porque a simples lembrança do amigo
é lenitivo com jeito de talco na ferida.

A Amizade ameniza as tarefas difíceis,
porque a gente não as realiza sozinho.
São dois cérebros e quatro braços agindo.

A Amizade diminui as distâncias.
Embora longe, o amigo é alguém perto de nós.

A Amizade enseja confidências redentoras:
problema partilhado, percalço amaciado,
felicidade repartida, ventura acrescida.

A Amizade coloca música
e poesia na banalidade do cotidiano.

A Amizade é a doce canção da vida
e a poesia da eternidade.

O Amigo é a outra metade da gente.
O lado claro e melhor.

Sempre que encontramos um amigo,
encontramos um pouco mais de nós mesmos.

O Amigo revela, desvenda, conforta.
É uma porta sempre aberta em qualquer situação.

O Amigo na hora certa,
é sol ao meio dia, estrela na escuridão.

O Amigo é bússola e rota no oceano,
porto seguro da tripulação.

O Amigo é o milagre do calor humano
que Deus opera no coração.


(Roque Schneider)

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